Além do mandado de prisão preventiva do prefeito João Vitor Xavier, a Justiça determinou busca domiciliar na residência dele e a apreensão da arma de fogo usada no crime.
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Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos | Foto: Divulgação/Redes sociais |
A Justiça do Maranhão determinou, nesta segunda-feira (14), a prisão preventiva do prefeito João Vitor Xavier (PDT), que assumiu ter matado a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva, no município de Trizidela do Vale, no domingo (6).
A decisão é do juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara de Pedreiras (MA). A determinação inclui a busca domiciliar na residência do prefeito em Igarapé Grande e em seu gabinete na Prefeitura do Município.
O juiz também ordena a apreensão da arma de fogo usada no crime, além de computadores, aparelhos celulares, e autoriza o acesso a mensagens em redes sociais, e-mails e outros objetos de interesse da investigação.
Com a decisão, a Polícia Civil do Maranhão será notificada e tem o prazo de 20 dias, desde a data do crime, para cumprir o mandado de prisão preventiva.
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Prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier, é suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva — Foto: Arquivo pessoal |
Prefeito pede afastamento
A Câmara de Vereadores de Igarapé Grande aceitou a licença médica do prefeito João Vitor, afastado por 125 dias para cuidar da defesa e realizar tratamentos psiquiátricos. Durante o afastamento, a vice Maria Etelvina foi empossada, e o prefeito continuará recebendo o salário de R$ 13.256,08.
No documento, o prefeito alega que está "profundamente abalado (...), circunstância que demanda cuidados médicos específicos, sobretudo por ser um paciente bariátrico", disse.
Na última segunda (7), João Vitor Xavier se apresentou espontaneamente à Delegacia de Presidente Dutra, prestou depoimento e foi liberado por não haver flagrante, segundo o delegado Ricardo Aragão. Por ter foro privilegiado, ele deve ser julgado em tribunais superiores caso vá a julgamento.
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Vice Maria Etelvina foi empossada como prefeita após pedido de licença médica do prefeito eleito, João Vitor Xavier, em Igarapé Grande — Foto: Arquivo pessoal |
O que diz a defesa
A defesa do prefeito afirma que João agiu em legítima defesa, alegando que o policial teria sacado uma arma durante uma discussão sobre o farol ligado do carro. Contudo, testemunhas e a Polícia Civil contestam essa versão preliminarmente.
“Foram cerca de cinco tiros, provavelmente todos pelas costas. O corpo da vítima foi encaminhado para o IML de Timon, para perícia”, afirmou o delegado de Pedreiras, Diego Maciel.
SOBRE A ARMA USADA NO CRIME
No depoimento à Polícia Civil, João afirmou ter jogado a arma no local do crime, mas o armamento ainda não foi encontrado. Imagens de segurança do dia não mostram o prefeito descartando a arma na cena.
João afirmou que o revólver calibre .38 usado no crime foi adquirido há dois anos como presente de um eleitor, sem registro ou autorização para posse. Testemunhas relataram que o crime ocorreu durante uma vaquejada, após desentendimento entre o prefeito e o policial, que pediu para reduzir a intensidade dos faróis do carro por incomodarem os presentes.
Fonte: Portal Meio Norte
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