“Sem democracia, a gente perde a riqueza da inteligência coletiva”, disse Marina Silva em Plenária Clima Participativo – Bioma Cerrado, em Imperatriz



Na etapa do Plano Clima Participativo – Bioma Cerrado realizado em Imperatriz na sexta-feira (23), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas Marina Silva e o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo defenderam a democracia como instrumento de combate a emergência climática no país. 

Marina Silva destacou que além das equipes competentes, a inteligência de poucos não substituirá a inteligência de todos fazendo referência a necessidade do trabalho das etapas do Plano Clima Participativo envolvendo a sociedade e organizações civis engajadas na elaboração de propostas para fortalecer o compromisso com a preservação ambiental. “Precisamos mitigar os efeitos que influenciam as mudanças climáticas, como o aumento das fontes que emitem gases de efeito estufa e o desmatamento gerando prejuízos às florestas, à biodiversidade e ao local de existência dos povos indígenas”, frisou.




O ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República reforçou a defesa da democracia como instrumento fundamental para a preservação dos recursos naturais e a defesa do meio ambiente. “O presidente Lula reestabeleceu as ferramentas da democracia representativa e direta com a participação das organizações socias na elaboração e execução das políticas públicas, portanto essencial para discutir com a sociedade a construção do novo plano clima, que guiará a politica climática brasileira até 2035”, explicou Márcio Macedo. 

Portal da Amazônia e Cerrado

Em entrevista coletiva, Marina Silva, indagada sobre as providências relacionadas às consequências das mudanças climáticas na Região Tocantina, defendeu o aumento da produção por ganho de produtividade citando como exemplo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como indutora de desenvolvimento tecnológico que pode transformar o país num grande produtor mundial de alimentos integrando economia e ecologia.

“Também precisamos fazer a restauração das áreas degradadas que estão abandonadas ou subutilizadas como o que vem ocorrendo no Maranhão, que o governador está fazendo, o modelo Floresta Viva Maranhão, que usa espécies produtivas nativas para o adensamento dessas áreas desmatadas para aumentar a produção”, comentou a ministra. 




O governador Carlos Brandão reforçou a importância do projeto Floresta Viva Maranhão desenvolvido no município de São Bento, que utiliza a parceria da Embrapa, com sementes selecionadas para o cultivo do açaí. “Com a organização das comunidades, com o apoio técnico da Agerp e do Sebrae qualificando os produtores para a venda da polpa do açaí, mostraremos a importância do desenvolvimento sustentável, aumentando a produção e respeitando o meio ambiente”, afirmou.

Carlos Brandão destacou a importância das escutas territoriais para o trabalho de preservação ambiental com a sugestão de propostas e ideias para a conservação dos recursos naturais. Durante o evento, o ativista político e líder camponês Manoel da Conceição foi lembrado e homenageado pelos ministros Márcio Macedo, Marina Silva e participantes da Plenária Clima Participativo – Bioma Cerrado, como símbolo da luta pelas questões agrárias e resistência à ditadura militar no país.



As equipes do governo federal e do governo do Maranhão por meio da Agência Executiva Metropolitana do Sudoeste Maranhense (Agemsul) trabalharam na organização da logística e mobilidade para a realização do evento que reuniu estudantes e organizações sociais, instituições e órgãos estaduais, municipais e federais. 


Para o presidente da Agemsul, Vagtônio Brandão, foi gratificante trabalhar no evento que traz discussões para a preservação do Cerrado. “Estivemos com o governador do Maranhão, ministros e lideranças, setores da sociedade civil organizada trabalhando para preservar os nossos recursos naturais e o meio ambiente”, declarou.




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